Representatividade Política e Equilíbrio de Interesses

A base do regime de governo democrático que vivemos, sob uma ótica liberal é, filosoficamente, a liberdade e a igualdade de oportunidades, e sob uma ótica instrumentalista o “estado de paz social”, que é o único onde essa base pode se erguer de modo estável.

A implementação e a manutenção desse regime, está diretamente ligada ao conceito de representatividade. A palavra representatividade quando associada aos políticos eleitos, significa, a capacidade que essas pessoas têm de, representar os interesses de seu eleitorado, sem com isso se distanciar do bem comum. Uma linha de equilíbrio tênue, que pode muito bem ser definida como, uma postura que “visa atender aos anseios da maioria, sem com isso, oprimir os interesses das minorias”.

Uma vez eleito, o candidato deve permanecer alinhado à corrente ideológica de seu eleitorado, e defender seus interesses de forma honrada e rígida, porém, nessa defesa, não deve permitir que interesses particulares de seu eleitorado, sejam alçados a patamares superiores aos dos interesses nacionais, nesse ato de representatividade, deve encontrar o equilíbrio perfeito entre os interesses público e privado, entre o interesse do povo e da classe que representa.

De forma sucinta, o caráter de um bom político, é talhado pelo amor à pátria e às leis, e pelo respeito e devoção fraternais, ao povo que representa.

Mas isso não basta, deve também, como representante da vontade do povo, ser um competente administrador público. Saber se dedicar com afinco à boa gestão da maquina pública, e conduzi-la zelosamente, de forma destinar com o máximo de eficiência o numerário dos cofres públicos, e possibilitar em sua gestão, que o desenvolvimento econômico e social caminhem lado a lado, equilibrando, mais uma vez, a saúde econômica ao bem estar social.

Infelizmente, grande parte dos políticos atualmente eleitos, estão distantes dessa realidade, e não são fieis nem sequer a seu “grupo político”, quiçá ao eleitorado. Mantem os olhos fechados a tudo que não seja de seu interesse privado.

Numa época onde, já se torna ultrapassada a discussão acerca da fidelidade partidária, talvez deva-se abrir a pauta para o debate acerca da representatividade política, acima de qualquer ideal partidário.

ANTÔNIO RIBEIRO COSTA NETO
É consultor jurídico, professor universitário e escritor; Advogado com escritório especializado em Regularização Fundiária, Direito Agrário e de Direito de Propriedade; Membro da Comissão Nacional de Direito do Agronegócio-ABA; Membro da Comissão Nacional de Direito Ambiental-ABA; Membro Consultor da Comissão de Relações Agrárias-OAB/TO; Especialista em Direito Imobiliário-UNIP/DF; Pós-Graduando em Advocacia Imobiliária, Registral, Notarial e Urbanística pela UNISC/SC

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